Noções Teóricas Sobre A Soldadura; Soldadura Manual Por Arco Voltaico (Mma); Soldadura Tig (Arco Contínuo) - voestalpine Bohler URANOS 2000 SMC Instrucciones De Uso

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  • MEXICANO, página 114
7 NOÇÕES TEÓRICAS SOBRE A SOLDADURA

7.1 Soldadura manual por arco voltaico (MMA)

Preparação dos bordos
Para obter boas soldaduras é sempre recomendável trabalhar
peças limpas, não oxidadas, sem ferrugem nem outros agentes
contaminadores.
Escolha do eléctrodo
O diâmetro do eléctrodo a utilizar depende da espessura do
material, da posição, do tipo de junção e do tipo de preparação
a que a peça a soldar tenha sido sujeita.
Eléctrodos com maior diâmetro exigem, como é lógico, corren-
tes muito elevadas, com um consequente fornecimento de calor
muito intenso durante a soldadura.
Tipo
de revestimento Propriedades
Rutilo
Facil. de utilização
Ácido
Alta velocid. de fusão Plano
Básico
Caract. Mecânicas
Escolha da corrente de soldadura
Os valores da corrente de soldadura, relativamente ao tipo de
eléctrodo utilizado, são especificados pelo fabricante na emba-
lagem do eléctrodo.
Acender e manter o arco
O arco eléctrico é produzido por fricção da ponta do eléctrodo
na peça de trabalho ligada ao cabo de terra e, logo que o arco
estiver aceso, afastando rapidamente a vareta para a distância
normal de soldadura.
Normalmente, para melhorar a ignição do arco, é fornecida
uma corrente inicial superior, de modo a provocar um aque-
cimento súbito da extremidade do eléctrodo, para melhorar o
estabelecimento do arco ("Hot Start").
Uma vez o arco aceso, inicia-se a fusão da parte central do
eléctrodo que se deposita em forma de gotas no banho de
fusão da peça a soldar. O revestimento externo do eléctrodo é
consumido, fornecendo o gás de protecção para a soldadura,
assegurando assim que a mesma será de boa qualidade.
Para evitar que as gotas de material fundido apaguem o arco,
por curto-circuito, e colem o eléctrodo ao banho de fusão,
devido a uma aproximação acidental entre ambos, é disponi-
bilizado um aumento temporário da corrente de soldadura, de
forma a neutralizar o curto-circuito (Arc Force).
Caso o eléctrodo permaneça colado à peça a soldar, a corrente de
curto-circuito deve ser reduzida para o valor mínimo ("antisticking").
Execução da soldadura
O ângulo de inclinação do eléctrodo varia consoante o núme-
ro de passagens; o movimento do eléctrodo é, normalmente,
efectuado com oscilações e paragens nos lados do rebordo, de
modo a evitar uma acumulação excessiva de material de adição
no centro.
Remoção da escória
A soldadura por eléctrodos revestidos obriga à remoção da
escória após cada passagem.
A escória é removida com um pequeno martelo ou com uma
escova, se estiver fria.
7.2 Soldadura TIG (arco contínuo)
O processo de soldadura TIG ("Tungsten Inert Gas" - Tungsténio
Gás Inerte) baseia-se na presença de um arco eléctrico aceso
entre um eléctrodo não consumível (tungsténio puro ou em
liga, com uma temperatura de fusão de cerca de 3370° C) e a
peça de trabalho; uma atmosfera de gás inerte (árgon) assegura
a protecção do banho de fusão.
O eléctrodo nunca deve tocar na peça de trabalho, para evitar
o perigo representado pela entrada de tungsténio na junta; por
esse motivo, a fonte de alimentação de soldadura dispõe, nor-
malmente, de um dispositivo de início do arco que gera uma
descarga de alta frequência e alta tensão, entre a extremidade
Utilização
do eléctrodo e a peça de trabalho. Assim, devido à faísca eléc-
Todas as posições
trica que ioniza a atmosfera gasosa, o arco de soldadura começa
sem que haja contacto entre o eléctrodo e a peça de trabalho.
Todas as posições
Existe ainda outro tipo de arranque com introduções reduzidas
de tungsténio: o arranque em "lift" (elevação) que não requer
alta frequência mas apenas um curto-circuito inicial, a baixa
corrente, entre o eléctrodo e a peça a soldar; o arco inicia-se
quando o eléctrodo sobe e a corrente aumenta até atingir o
valor de soldadura previamente estabelecido.
Para melhorar a qualidade da parte final do cordão de soldadu-
ra é importante verificar com precisão a descida da corrente de
soldadura e é necessário que o gás flua no banho de fusão por
alguns segundos, após a finalização do arco.
Em muitas condições operativas é útil poder dispor de 2 corren-
tes de soldadura predefinidas e poder passar facilmente de uma
para outra (BILEVEL).
Polaridade de soldadura
D.C.S.P. (Direct Current Straight Polarity - Polaridade Directa
de Corrente Contínua)
Esta é a polaridade mais utilizada e assegura um desgaste limi-
tado do eléctrodo (1), uma vez que 70 % do calor se concentra
no ânodo (ou seja, na peça).
Com altas velocidades de avanço e baixo fornecimento de calor
obtêm-se banhos de solda estreitos e fundos.
Os materiais são, maioritariamente, soldados com esta polarida-
de, à excepção do alumínio (e respectivas ligas) e ao magnésio.
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