OMNIA ST 3.2
9) Verificações nos dispositivos elétricos
A reparação e a manutenção dos componentes elétricos devem incluir verificações de segurança iniciais e procedimentos de inspeção dos componentes. Se houver
avarias que possam comprometer a segurança, não ligue a alimentação elétrica ao circuito enquanto elas não forem resolvidas de modo satisfatório. Se a avaria não
puder ser imediatamente corrigida, mas for necessário continuar o funcionamento, utilize uma solução temporária adequada. Isso deve ser notificado ao proprietário
do equipamento, de modo que todas as partes estejam avisadas.
As verificações de segurança iniciais devem incluir:
•
se os condensadores estão descarregados: isso deve ser feito em segurança, para evitar possíveis cintilas;
•
se não há componentes e cabos elétricos sob tensão durante o carregamento, a recuperação e o expurgo do sistema;
•
se há continuidade na ligação à terra.
10) Reparos em componentes vedados
a) Durante as operações de reparo dos componentes vedados, todas as alimentações elétricas devem ser desconectadas do equipamento no qual se está a trabalhar
antes de remover as tampas vedadas etc. Se for absolutamente necessário fornecer alimentação elétrica para o equipamento durante a manutenção, é necessário
um dispositivo operacional permanente para a detecção das fugas, posicionado no ponto mais crítico, para advertir sobre uma potencial situação de perigo.
b) Deve ser dada atenção particular ao que se segue, para garantir que, intervindo nos componentes elétricos, o invólucro não seja alterado de modo a influenciar
no nível de proteção. Isso inclui danos aos cabos, um número excessivo de conexões, terminais não em conformidade com as especificações originais, danos nas
vedações, montagem incorreta dos prensa-cabos etc.
•
Assegure-se de que o aparelho esteja firmemente montado.
•
Assegure-se de que as vedações ou os materiais de contenção não estejam degradados de modo a não servir mais para o objetivo de impedir a entrada de
atmosferas inflamáveis. As peças de reposição devem estar em conformidade com as especificações do produtor.
NOTA
O uso de selante de silicone pode inibir a eficiência de alguns tipos de equipamentos para a detecção de fugas. Os componentes intrinsecamente seguros
não devem ser isolados antes de se trabalhar neles.
11) Reparos de componentes intrinsecamente seguros
Não aplique cargas indutivas ou capacitivas permanentes no circuito sem assegurar-se de que ele não supera a tensão e a corrente permitidas para o equipamento
em uso. Os componentes intrinsecamente seguros são os únicos tipos nos quais é possível trabalhar na presença de atmosfera inflamável. O equipamento de teste
deve ser configurado com o valor correto. Só substitua os componentes por peças especificadas pelo fabricante. Peças diferentes podem provocar a ignição do
refrigerante em caso de fuga.
12) Cablagem
Verifique se a cablagem não está sujeita a desgaste, corrosão, pressão excessiva, vibrações, arestas afiadas ou outros efeitos ambientais negativos. A verificação
também deve ter em conta os efeitos do envelhecimento ou das vibrações contínuas de fontes como compressores ou ventiladores.
13) Detecção de refrigerantes inflamáveis
Em nenhuma circunstância devem ser utilizadas potenciais fontes de ignição para a busca ou a detecção de fugas de refrigerante. Não devem ser utilizadas lanternas
de halogenetos (ou qualquer outro detector que utilize chamas livres).
Os métodos de detecção de fugas a seguir são considerados aceitáveis para os sistemas que contêm refrigerantes inflamáveis.
Devem ser utilizados detectores de fugas eletrónicos para detectar os refrigerantes inflamáveis, mas a sensibilidade pode não ser adequada ou pode exigir uma
recalibração (o equipamento de detecção deve ser calibrado em uma área sem refrigerante). O equipamento de detecção das fugas deve ser configurado para um
percentual do LFL do refrigerante, deve ser calibrado com base no refrigerante empregado e o percentual apropriado de gás (no máximo 25%) deve ser confirmado.
Os fluidos para a detecção das fugas também são adequados para o uso com a maior parte dos refrigerantes, mas deve ser evitado o uso de detergentes que con-
tenham cloro, pois o cloro pode reagir com o refrigerante e corroer as tubagens em cobre.
NOTA
Exemplos de detecção das fugas:
•
método por bolhas
•
método com agentes fluorescentes
Se houver suspeita de fuga, remova/apague todas as chamas livres.
Se for detectada uma fuga de refrigerante que exija a brasagem, recupere todo o refrigerante do sistema ou isole-o (com as válvulas de interceptação) em uma parte
do sistema distante da fuga.
A remoção do refrigerante deve estar em conformidade com a cláusula DD.9.
14) Remoção e evacuação
Quando se entra no circuito do refrigerante para executar reparos ou por qualquer outra razão, devem ser utilizados procedimentos convencionais. No entanto, é
importante seguir as melhores práticas, pois a inflamabilidade é um perigo. Deve ser respeitado o seguinte procedimento:
•
Remova o refrigerante;
•
Expurgue o circuito com gás inerte;
•
Faça a evacuação;
•
Expurgue com gás inerte;
•
Abra o circuito cortando ou brasando.
Cód. 3541V991 - Rev. 00 - 09/2021
207
PT